Tapiraí está situada na Região Metropolitana de Sorocaba, a apenas 64km e 165km da Cidade de São Paulo sendo grande parte do seu território no Vale do Ribeira. Cercada de Floresta, a Mata Atlântica, com rios de águas cristalinas e inúmeras cachoeiras. Tapiraí possui 80% de suas área tombada como Área de Proteção Ambiental (APA). Também foi declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. Destaca-se na produção de gengibre, considerado um dos melhores do mundo. É dona de diversos atrativos ligados ao ecoturismo. Durante o verão, os dias são quentes e as noites amenas. Já no inverno, o frio é rigoroso. Além disso, uma neblina densa envolve a cidade várias vezes ao dia, do outono ao inverno. Sua padroeira é Santa Catarina de Alexandria.
O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do País com 31 mil hectares, está localizada no Vale do Ribeira grande e parte dela no município de Tapiraí.
Tapiraí está situado na Região Metropolitana de Sorocaba. No entanto, por possuir grande parte do território banhado por rios da bacia do Ribeira de Iguape, Tapiraí também pertence à Região do Vale do Ribeira. Estando a 65 km da cidade de Sorocaba e a 92 km de Registro. O município ocupa uma área 755,100 km².
Centro de Tapiraí
Localizado nos contrafortes da Serra do Mar, seu relevo é montanhoso com declives e vales em "V", terrenos de boa drenagem, com vegetação natural (floresta tropical úmida de encosta, e floresta subtropical de altitude). A altitude da sede é de 920 metros, mas em alguns pontos do município, a altitude pode passar dos 1000 metros. São nessas partes mais altas onde se localizam os mirantes, que proporcionam uma bela vista panorâmica da mata atlântica local e da serra do mar.
A característica mais importante de Tapiraí é sua enorme área de Mata Atlântica, tendo 80% do território tombado como Área de Proteção Ambiental - APA e declarada Reserva da Biosfera em 1992.
Vizinha à Reserva da Juréia e ao Parque Estadual Carlos Botelho (Sete Barras, São Miguel Arcanjo, Tapiraí e Capão Bonito), a mata tapiraiense preserva muitos animais raros, inclusive pássaros que já atraíram muitos observadores ao município.
Animais da Mata Atlântica
A Mata Atlântica é um dos biomas do Brasil, que ocupa aproximadamente 15% do território do país.
Atualmente, decorrente da destruição dos ecossistemas (desmatamento, queimadas) restam somente cerca de 7% da cobertura original desse bioma, consagrado com diversa fauna e flora, incluindo espécies endêmicas (somente se desenvolvem nesse local) sendo considerada uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. Além disso, o tráfico de animais também é considerado como uma ameaça para a biodiversidade da Mata Atlântica.
Fauna
A fauna da mata atlântica é muito diversa com espécies de aves, mamíferos, répteis, anfíbios, insetos. Há um grande número de animais que somente existem naquela região, chamado de animais endêmicos.
Assim, pesquisas afirmam que na Mata Atlântica cerca de 40% dos mamíferos são endêmicos. As principais espécies de animais da Mata Atlântica são:
Aves
Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)
Saíra-lagarta (Tangara desmaresti)
Araçari-poca (Selenidera maculirostris)
Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus)
Tangará (Chiroxiphia caudata)
Pica-pau-da-cabeça-amarela (Celeus flavescens)
Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus)
Mamíferos
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
Mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus caissara)
Onça-pintada (Panthera onca)
Irara (Eira barbara)
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Tatu-peludo (Euphractus villosus)
Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus)
Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Sagui-da-serra (Callithrixflaviceps)
Ouriço-preto (Chaetomys subspinosus)
Rato-do-mato (Wilfredomys oenax)
Além desses, há outros mamíferos emblemáticos pertencentes à mata atlântica como o macaco-prego, bicho-preguiça, capivara, tatu-canastra, veado-campeiro, lontra, gato-do-mato, cachorro-do-mato, jaguatirica, bugio.
Anfíbios
Sapo-cururu (Rhinella ictérica)
Sapo-martelo (Hypsiboas faber)
Perereca-verde (Phyllomedusa nordestina)
Filomedusa (Phyllomedusa distincta)
Pererequinha-da-restinga (Dendrophryniscus berthalutzae)
Perereca-de-bromélia (Scinax perpusillus)
Rã-de-vidro (Hyalinobatrachium uranoscopum)
Rã-de-cachoeira (Cycloramphus duseni)
Rã-goteira (Leptodactylus notoaktites)
Rã-escavadeira (Leptodactylus plaumanny)
Répteis
Caninana (Spilotes pullatemus)
Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris)
Jiboia-constritora (Boa constrictor)
Jararaca (Bothrops jararaca)
Cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera)
Cágado amarelo (Acanthochelys radiolata)
Cobra coral-verdadeira (Micrurus corallinus)
Serpente-olho-de-gato-anelada (Leptodeira annulata)
Falsa-coral (Apostolepis assimilis)
Teiú (Tupinambis merianae)
Flora
Segundo pesquisas, existem na Mata Atlântica aproximadamente 20.000 espécies de vegetais, das quais cerca de 8 mil delas são endêmicas (somente existem naquele local).
A flora da mata atlântica corresponde a 35% das espécies existentes no Brasil. No total, estima-se que 200 espécies vegetais do Brasil estão ameaçadas de extinção, sendo que 117 delas são pertencentes à flora desse bioma.
Muito Diversificada, a flora da mata atlântica é composta por bromélias, begônias, orquídeas, ipê, palmeiras, quaresmeira, pau-brasil, cipós, briófitas, jacarandá, jatobá, peroba, jambo, jequitibá-rosa, imbaúba, cedro, canela, tapiriria, andira, ananás, figueiras, dentre outras.